sábado, 8 de janeiro de 2011

O encontro das bicicletas

Havia três instrumentos metalizados, algo entre aço inox e latão, o que realmente importava é que tinham estilo. Caçoavam de quem andasse na rua. Uma hora descançavam na sombra, outra hora borbulhavam de alegria de baixo da chuva que caía.
Seus sinais eram de porte, quase um leão. Isso quando não era pavão ou peru.
Os olhos astigmatas precisavam chegar bem perto para ver, mas sem incomodo algum, eram nascidos para brilhar e serem vistos, de longe, de perto, de 2, de 3 ou até de 4.
Dois brutamontes chegaram e foram logo arredando a corda amarrada ao pescoço de dois deles, que ali estavam parados. A terceira, era pequena, quase a Sininho do Peter Pan. Tiraram os tais ferros, armadilhas armadas e logo as deixaram em liberdade.
Sol e chuva, casamento de viúva. Foi logo se encaminhando para o asfalto preto, escuro do molhado que pingava. Escorregadio da luz do dia.
Opa! A Giant! É uma amiga próxima, um pouco mais velha, mais bicho do mato, mas uma delícia de sedução! Com o mesmo desempenho de muitas atuais que existem por aí, talvez exista até, um pouco mais de paixão pelos que a conhecem bem.
Era um encontro a quatro.
"A mocinha quer uma ajuda?"
Gostamos de ar. Nada da moda. Cigarro para três, por favor. Muito obrigada. Mesa 17. Sem movimento. Tem que usar shorts.
"Ei depois você me fala qual é o melhor caminho!"
Como se algum dia fossemos nos encontrar de novo. Parada. Na esquina. De mãos dadas. Com mais Três.

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