terça-feira, 26 de abril de 2011

Balada de um amor doente, palavras de uma amiga sem dente

Demasiadamente fria.
Um som metálico somava ao turbilhão de idéias prestes a explodir. Ainda não sabia onde chegaria com todo aquele sentimento gélido, que cortava a alma. Nem aquela escadaria de mármore mereceria a comparação dura  com que me foram entregues aquelas palavras.
Menina de vermelho com as maçãs do rosto coradas, fivela no cabelo, permitindo que alguns fios corressem soltos pela pele clara. As cores vivas em contraste com a alma doente.
Ainda havia alguns resquícios de suspiro. Algo que te permite ser curiosa o suficiente para permanecer atenta aos próximos capítulos da longa novela.    
Pequena chama refletida no espelho de gelo, ao som dos pratos da bateria mal afinada da Santos Andrade, segue querendo brilhar. Um abraço, um afago para que permaneça viva, fugaz.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Uma sombra de frente pra praia, onde o azul do céu toma forma do azul do mar, e as espumas na areia se confundem com as nuvens no ar. Uma sombra digna de reflexão, de sonhos. Onde casais passam horas em namoro. Senhoras esperando os pescadores. Cachorros dormindo em relaxo. Passarinhos encontram descanso e alívio. 
O que pensar quando se tem uma vista dessas todos os dias? Todos os dias esse mesmo senhor senta-se em baixo da mesma árvore e olha o mesmo mar, o mesmo céu. Quando se cansará disso? Desde pequeno tem um propósito. Sair ao mar.  Desbrava-lo, conhece-lo. Quando a tarde começa e já se foi a pescaria, monta no burro, descarrega de peixe e camarões. Muda de habito, almoça arroz, feijão, salada de alface temperada com cebola e limão, camarão. Chinelo havaiana no pé. Escuta o marulho das ondas e se satisfaz com o brilho  do ar.  






sexta-feira, 1 de abril de 2011

Ímpar

Cem cores vi no arco-íris,
cem libélulas a pairar sobre o ar.
Cem razões para ir,
cem razões para voltar.