sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Estou verde,
meus pés afundaram-se na terra
e criaram raízes.

Silêncio

Descobri em meio as folhas secas do inverno. Enquanto as tempestades estão atissadas, e os vulcões emanam chamas da terra. Onde a lua pega fogo e os cavalos andam a noite. Nesse milharal de pessoas entrando e saindo, indo e voltando, sem métrica alguma descobri. Esse som que vem do vento da escuridão. Que completa o corpo inteiro. Som que chega suave, tem cheiro de azul e anda como bolhas a pairar no céu. Coberto pelo manto escuro e sombrio.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Ele

Ele é cor do céu de hoje
É o suspiro dado ao ver um arco-íris
É como um pingo de chuva
que ao ver cair um, você sempre espera o próximo
o próximo, o próximo
É uma música da Rita Lee
personagem do meu mundo de memórias

sábado, 8 de janeiro de 2011

O encontro das bicicletas

Havia três instrumentos metalizados, algo entre aço inox e latão, o que realmente importava é que tinham estilo. Caçoavam de quem andasse na rua. Uma hora descançavam na sombra, outra hora borbulhavam de alegria de baixo da chuva que caía.
Seus sinais eram de porte, quase um leão. Isso quando não era pavão ou peru.
Os olhos astigmatas precisavam chegar bem perto para ver, mas sem incomodo algum, eram nascidos para brilhar e serem vistos, de longe, de perto, de 2, de 3 ou até de 4.
Dois brutamontes chegaram e foram logo arredando a corda amarrada ao pescoço de dois deles, que ali estavam parados. A terceira, era pequena, quase a Sininho do Peter Pan. Tiraram os tais ferros, armadilhas armadas e logo as deixaram em liberdade.
Sol e chuva, casamento de viúva. Foi logo se encaminhando para o asfalto preto, escuro do molhado que pingava. Escorregadio da luz do dia.
Opa! A Giant! É uma amiga próxima, um pouco mais velha, mais bicho do mato, mas uma delícia de sedução! Com o mesmo desempenho de muitas atuais que existem por aí, talvez exista até, um pouco mais de paixão pelos que a conhecem bem.
Era um encontro a quatro.
"A mocinha quer uma ajuda?"
Gostamos de ar. Nada da moda. Cigarro para três, por favor. Muito obrigada. Mesa 17. Sem movimento. Tem que usar shorts.
"Ei depois você me fala qual é o melhor caminho!"
Como se algum dia fossemos nos encontrar de novo. Parada. Na esquina. De mãos dadas. Com mais Três.