quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Máscaras

Hoje fiz um caminho idiota. Havia dinheiro para apenas uma passagem.
A passagem anda cara ultimamente. Dois e cinquenta - 2,50.
Em um dia gasto fácil dez reais. Entrei no tubo.
Encontrei alguma coisa seca. Tinha um estado branco e letras garrafais.
Alguns textos de Michel Vinaver. Estudei-os. No último banco de um ônibus lotado e comprido.
Isso significa que tremia muito o fundo do vermelhão.
Ouvindo a insignificante música que ficava marcada na cabeça de todos os passageiros.
Li. Distraidamente. Li. Palavras grudadas que quiseram dizer muito em pouco.
Sentimentos palpáveis foram alcançados. Tantos cheiros.
Gostos. Figurinos. Imagens. Cheiros. Imagens. Gostos.
Rostos.
Muitos.
Estampados em todos os cantos. Num ultimo dizer de adeus.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Poucos modulares em lambes-lambes

Quebra-se o espaço no tempo.
O Guru que visualizou o seu futuro, esteve em dois lugares ao mesmo tempo e se desfez das amarguras e desilusões impressas pela vida, logo, se tornou ser espiritual. Olhos cerrados e dedos presentes, o que tantos atores artistas tentam estudam em alfabetos pré fixados aos moldes tão poucos modulares que é a física.
Um sonho novamente real, pelados, descalços alcançava gozo em nadar golfinhos. Prefixos inscritos dos lambes-lambes da cidade e a abstinência de álcool se conformou com as escritas dos livros de tantas capas emolduradas.
Qual adjetivo forma substantivos definição caberia a algo indescritível.
Tal qual palavras pouco ditas tanto nos muros dos lugares tal pouca explicação há nos lugares e palavras em que pouco podem-se entender muito sentir.