sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Desabafo

Não sei se me acostumaria com o viver rotineiro de famílias que querem se sentar num sofá confortável e esquecer de olhar para o sol lá fora.
Não sei ainda mais onde está escrito que devemos ter familia, pais mães, avós, maridos, mulheres, filhos. Pelo que sei já está intrisseco em mim.
Sabe-se que daqui algum tempo o mundo irá acabar. Eu acredito. Mas pra quem?
Sei pouco sobre a vida, mas tenho uma, já é o suficiente.
Não quero saber sobre sentimentos de ciúmes, inveja, divórcio, separação, humilhação, todos ãos estabelecidos por um certo alguém.
Quando sento-me com as pernas cruzadas sinto dor nos joelhos, estou ficando velha.
Esperando a velhisse chegar eu mal a vejo em baixo dos meus pés, pois a velhisse caminha das pontas do dedão até o ultimo fio de cabelo.
Certa vez me perguntaram, o céu é aqui perto? Se é, estamos perdendo tempo com as nossas rinites.
Talvez o mundo não acabe em 1012, mas todo mundo descubra que tem câncer, aí ele acabaria em 2013, mas morreriamos muito antes por perder a esperança na humanidade, ou talvez até nos tornaríamos mais humanos, quem sabe?

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Máscaras

Hoje fiz um caminho idiota. Havia dinheiro para apenas uma passagem.
A passagem anda cara ultimamente. Dois e cinquenta - 2,50.
Em um dia gasto fácil dez reais. Entrei no tubo.
Encontrei alguma coisa seca. Tinha um estado branco e letras garrafais.
Alguns textos de Michel Vinaver. Estudei-os. No último banco de um ônibus lotado e comprido.
Isso significa que tremia muito o fundo do vermelhão.
Ouvindo a insignificante música que ficava marcada na cabeça de todos os passageiros.
Li. Distraidamente. Li. Palavras grudadas que quiseram dizer muito em pouco.
Sentimentos palpáveis foram alcançados. Tantos cheiros.
Gostos. Figurinos. Imagens. Cheiros. Imagens. Gostos.
Rostos.
Muitos.
Estampados em todos os cantos. Num ultimo dizer de adeus.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Poucos modulares em lambes-lambes

Quebra-se o espaço no tempo.
O Guru que visualizou o seu futuro, esteve em dois lugares ao mesmo tempo e se desfez das amarguras e desilusões impressas pela vida, logo, se tornou ser espiritual. Olhos cerrados e dedos presentes, o que tantos atores artistas tentam estudam em alfabetos pré fixados aos moldes tão poucos modulares que é a física.
Um sonho novamente real, pelados, descalços alcançava gozo em nadar golfinhos. Prefixos inscritos dos lambes-lambes da cidade e a abstinência de álcool se conformou com as escritas dos livros de tantas capas emolduradas.
Qual adjetivo forma substantivos definição caberia a algo indescritível.
Tal qual palavras pouco ditas tanto nos muros dos lugares tal pouca explicação há nos lugares e palavras em que pouco podem-se entender muito sentir.

domingo, 28 de agosto de 2011

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Como passarinho de pena aberta, voei logo. Fiz viagem para o mundo do desconhecido. Antes era o chá. Agora foram os médicos. Quatro anos desacordada. Cega. Não estava escrito na bula que perderia a visão, e ficaria cega. Sem poder ver a cor das asas da borboleta. Queria falar, mas não queria. Queria viver, mas não queria. Durante dias vi minha mãe debruçada sobre a cama, chorava. Durante dias ouvi análises clínicas, relatórios médicos, apito de elevador, movimentação de pessoas pra lá e pra cá. Onde quer que estivesse eu não estava ali. Mas meu corpo estava. Escutava cada mínimo detalhe. Conseguia sentir o pano úmido molhando as costas na hora do banho. Sentido apena fisiológico, sem condições de traduzir qualquer sentimento que seja. Fui ímpar. Num dia simplesmente acordei. E já estava de pé. Aos pés da cama, vendo mamãe chorar. Santo milagre. Santa Maria mãe de Jesus que me permitiu voltar a ver-te.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Antiga Comédia Inglesa

"Acasto - Não pode ela falar?
Osvaldo - Se falar é tão-somente fazer ouvir
sons por meio da língua e dos lábios, é aquela
criatura muda, mas se tão maravilhosa faculdade
consiste também em tornar compreensíveis os
menores pensamentos por acionados e expressivos
gestos, pode dizer-se que ela a possui, pois seus
olhos cheios de eloqüência têm uma linguagem
inteligível, embora falha de sons e palavras."

Citada
   Por Walter Scott


 

O missionário

Oi, 

Gostaria de compartilhar um sonho com vocês leitores. 
Tenho grande interesse em conhecer o mundo, e pregar a  palavra de Cristo por onde eu andar. Como muitos amigos já sabem, tenho um chamado de Deus para a Europa. Sou estudante e não terei condições de bancar a viagem. 
Então, peço com toda a humildade que me ajudem a distribuir essa tão linda palavra que tem sido como água purificadora nas nossas vidas. 
Você poderá me ajudar com dinheiro e orações. 
Número da conta: 7777-x 13777-4 Banco do Brasil

Quer ir longe, e não tem dinheiro? 
Jesus iria a pé!